A experiência de um cliente da Australian Centre em Sydney – Parte 2

Step By Step

Mais um mês se passou e posso dividir facilmente esses 30 dias de Austrália em três etapas:

• De boca aberta: Gastei 80% do tempo entre praias, festas e churrascos. Os 20% restantes com procura de trabalho e resolvendo os primeiros detalhes burocráticos.

• Saia da gandaia e caia na real: 50% na caça por emprego e a outra metade entre escola e diversão.

• Casa pra que te quero: Trabalhando muito e em busca desesperada por uma casa para alugar. Percentuais à parte, o que posso dizer é que o tempo reservado para praias e churrascos é cada vez mais escasso.

Como já falei da chegada em Sydney – repleta de deslumbramento e festas – passarei agora para um novo estágio, mais real, menos lúdico; um degrau mais parecido com o que é a vida real: repleta de ansiedades, tarefas chatas do dia-a-dia e alguns momentos de lazer.

Buscar emprego em um novo país envolve muitos aspectos peculiares à cultura local e diferentes daqueles que nos acostumamos no Brasil. O tipo de visto – por exemplo – é determinante para definir as funções que você está habilitado a trabalhar. Como estudante posso apenas trabalhar 20 horas por semana e minha namorada que entrou com o Work and Holiday Visa, apesar de poder trabalhar quantas horas ela conseguir, tem uma restrição deve mudar de emprego após seis meses de forma que pulamos as chances de estabilidade e plano de carreira, certo? Resumo da ópera: sobram funções que muitos já conhecem – garçom, faxineira, chefe de cozinha e por aí vai.

Além do tipo de visto e respectiva redução de alternativas, existem aqueles fatores, que apesar de menores, podem ser determinantes no sucesso da busca, como o padrão de currículo, locais de busca e os pré-requisitos para as vagas. Entregamos currículos em vários restaurantes, cafés e lojas, enviamos centenas de e-mails, e agora estou trabalhando no Subway – fast-food – e em um castelo como garçom em casamentos. Já a Arianne é garçonete em um café. Como conseguimos? Algo que não muda em nenhum lugar do mundo, o tal QI, vulgo “Quem Indica”. Nada como uma boa indicação para abrir as portas e as possibilidades.

Passada essa etapa, entramos na desesperada busca pela casa dos nossos sonhos, com piscina e de frente para praia. Como pretendemos morar com mais dois casais e uma amiga, nossa morada tem que ter pelo menos quatro quartos, fato que limita muito as opções. Além disso, o processo para alugar uma casa em terras australianas é extremamente burocrático, existe sempre a necessidade de apresentar comprovante de renda, referências de emprego e enfrentar a concorrência dos australianos que – obviamente – ganham a preferência dos proprietários locais.

Até agora não conseguimos nossa tão sonhada casa e em uma semana teremos que sair do apartamento do meu amigo. Temos algumas opções: ir para um hostel, alugar um quarto por um curto período, ou então morar na rua, tipo homeless (sem-teto), opção mais barata de todas. Mas acalmem-se! Por enquanto ainda não cogitamos a última alternativa.

Todo intercambista enfrentará esses e outros tantos “perrengues” durante a vida longe de suas fronteiras. Problemas que se bem administrados fazem as conquistas serem mais saborosas, mas é inegável que uma boa assessoria faz toda diferença. Desde quando chegamos por aqui foi inevitável lembrar das dicas que a Australian Centre nos forneceu: documentos essenciais para trabalhar, informações sobre as leis australianas a detalhes que no inicio parecem banais, mas que facilitaram nossa rápida adaptação.

Apesar das duas últimas fases possuírem um percentual menor de diversão, aguardar o ônibus olhando para o mar, caminhar pela orla após voltar do trabalho ou malhar na beira do rio têm um valor inestimável, algo que todos buscam, a tão sonhada qualidade de vida.

Desculpem os fãs das Boy Bands que atormentam nossos ouvidos, mas quem pensou que eu citaria a banda que tanto fez sucesso nos anos 90 , enganou-se. Step by Step, um degrau por vez, mas como diria Gilberto Gil: andar com fé eu vou que a fé não costumar falhar.

A experiência de um cliente da Australian Centre em Sydney – Parte 1
A experiência de um cliente da Australian Centre em Sydney – Parte 3

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