Para fazer um intercâmbio, é sempre bom estudar sobre a cultura do país para o qual você está indo. Parte disso se faz buscando informações sobre a fauna e a flora do local.
Neste post, por exemplo, falaremos sobre um dos animais-símbolo da Austrália, o diabo-da-tasmânia. Lembra dele? Há até um famoso desenho que o retrata como um animal bem raivoso, ranzinza e que destrói tudo o que vê pela frente. Mas e aí, será que alguma dessas características realmente corresponde à realidade? Se você ficou curioso para saber, continue a leitura e descubra!
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Bom, para começar, o nome científico do diabo-da-tasmânia é Sarcophilus harrisii.
Ele recebeu esse nome popular porque, apesar de haver fósseis do animal por todo o continente australiano, ele atualmente é encontrado na ilha da Tasmânia, um estado da Austrália que fica a 240 km de distância do continente.
Além de o bichinho ser conhecido por seu comportamento arisco e agressivo em alguns momentos, há que diga que os grunhidos que ele emite lembram um diabo gritando. É daí que veio o nome, mas veremos ao longo do texto que ele não é tão terrível quanto dizem.
Ele é uma das 320 espécies de mamíferos marsupiais existentes no mundo, como o canguru, coala, gambá. Isso significa, basicamente, que uma parte do desenvolvimento dos filhotes é feita dentro do marsúpio (bolsa abdominal).
O diabo-da-tasmânia possui aparência similar a um urso pequeno e com cauda. Ele tem corpo gordinho e cabeça bem grande, com focinho largo e uma boca que pode se abrir em até 120 graus, com molares tão fortes que podem esmagar ossos. Sua pelagem marrom bem escura com machas brancas na garganta, bochechas e lombar.
O tamanho que atinge varia de 52 cm a 80 cm. Em geral, as fêmeas costumam ser maiores que os machos. Apesar disso, são eles que pesam mais, cerca de 9 kg, enquanto elas podem chegar a ter 5 kg.
O diabo-da-tasmânia é o maior marsupial carnívoro que existe hoje, mas ele também se alimenta de frutos e insetos. Na verdade, quando o assunto é comida, ele não faz pouco-caso: come aves, sapos, répteis e, até mesmo, carcaças, devorando os ossos, órgãos, tudo. Só para se ter uma noção, o animal chega até a comer terra, caso não encontre comida.
Isso, talvez, se explique devido ao fato de que a espécie é muito lenta, o que dificulta uma caçada. Então, para poder se alimentar ela acaba comendo o que se apresentar disponível.
De hábitos basicamente noturnos, o diabo-da-tasmânia prefere esconder-se em arbustos durante o dia. Ao longo da noite, o animal pode chegar a percorrer até 16 km em busca de comida. E não se engane, apesar de ser robusto e desengonçado, ele consegue subir em árvores, porém, com certeza, você não o verá girando em forma de redemoinho, como no desenho animado.
A resposta a essa pergunta pode variar. Eles são animais solitários e se forem incomodados quando estiverem comendo ou se sentirem ameaçados, provavelmente serão agressivos. Mas entende-se que a sua grande fama está ligada às vocalizações que citamos no início do post e que dão nome ao animal. Esses guinchos são bem altos, por isso impressionam.
Porém, vale ressaltar que eles rosnam assim como modo de defesa, tal como fazem com o odor que liberam quando têm medo.
Como mencionamos, o diabo-da-tasmânia tem hábitos solitários, sendo a interação entre machos e fêmeas comum apenas no período de reprodução. As fêmeas costumam ter cerca de 50 filhotes por vez, com tamanho de um grão de arroz. Logo após nascerem, eles têm que correr para a bolsa da mãe e disputar uma das quatro tetas disponíveis para se alimentar, sobrevivendo apenas os que chegarem primeiro.
Eles permanecem na bolsa da mãe por até quatro meses, quando deixam de caber na bolsa, finalmente são alocados nos ninhos feitos com gravetos e folhas ou em buracos no chão. Além disso, a mãe os carrega nas costas quando se locomove, até que eles estejam prontos para fazê-lo por si só.
Sim, isso é verdade.
Infelizmente, a resposta é sim. Além de ter sido caçado na época das colônias — o que também resultou na extinção dos tigres tasmanianos —, devido ao prejuízo que causava aos fazendeiros (comendo galinhas, cordeiros etc.), e do câncer que mencionamos acima, o diabo-da-tasmânia ainda sofre com as mudanças climáticas.
Estima-se que o clima da Austrália continuará ficando mais árido, o que afetará o habitat da espécie, que terá mais dificuldade para encontrar alimento.
Além disso, em 1996, foi identificado que essa espécie vem sofrendo de um tipo muito agressivo de câncer, o Devil Facial Tumour Disease (DFTD) gera tumores ao redor da boca e da cabeça do diabo-da-tasmânia. Essa doença que reduziu a sua população em 80% em torno de 20 anos.
Mas há esperança, pois, recentemente, cientistas descobriram, por meio de comparação genética com exemplares antigos, que os diabos-da-tasmânia estão sofrendo mudanças em sete genes específicos e, destes, cinco têm relação com o câncer ou com a função imunológica deles. Sendo assim, pode ser que a cura para a doença esteja nessas alterações.
Além disso, o governo e órgãos de pesquisa e ambientais australianos estão desenvolvendo novas políticas para criação de reservas e áreas de proteção para ajudar na preservação da espécie.
E aí, matou sua curiosidade sobre um dos animais que, provavelmente, você vai poder ver quando viajar para a Austrália? Ele é bem diferente do que você conhecia do desenho animado, não é?
Além dele, você poderá encontrar uma quantidade incrível de animais e plantas que só existem por lá. O que será, sem dúvida, um universo inteiro para descobrir. Só não se esqueça de como suas atitudes também impactam na vida das espécies, portanto, conscientize-se para que o mundo possa continuar tendo esses seres incríveis.
Gostou das informações? Então, não deixe de compartilhar este conteúdo nas suas redes sociais, assim mais pessoas conhecerão o diabo-da-tasmânia!
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Boa Tarde,
Gostei do Comentário e sempre bom descobrir coisas novas, especialmente no mundo da fauna.