Fazer um programa de high school, especialmente na Austrália ou na Nova Zelândia, costuma ser uma decisão que mistura expectativa, diversos sonhos e muita ansiedade. Afinal, é a oportunidade de vivenciar novas experiências culturais, ter um ensino de qualidade e conquistar uma formação internacional que vai fazer a diferença tanto no âmbito pessoal quanto na sua carreira.
Aliás, muitos jovens aproveitam esse período no exterior como uma prévia para se decidirem se também querem, de fato, continuar a formação fora do país e investir em uma graduação e/ou pós-graduação em uma universidade de renome e prestígio mundial. Algo cada vez mais desejado por pessoas de todas as idades e que, como resultado, tem aumentado a procura por programas de bolsas.
Por essa razão, preparamos um post que responde a todas as suas principais dúvidas sobre ensino médio em outra nação para você saber a respeito do assunto e já começar a planejar o seu próprio intercâmbio!
O high school, como o próprio nome sugere, é o equivalente ao nosso ensino médio em países de língua inglesa. É um programa que tem ganhado mais e mais popularidade a cada ano por permitir aos jovens, que ainda estão nos últimos três anos do colégio, terem a experiência de estudar e morar no exterior, mesmo que não passem longos períodos no destino ou sequer sejam maiores de idade.
Isso sem falar, é claro, que é uma oportunidade para que os intercambistas possam potencializar o aprendizado e o desenvolvimento de novas habilidades, tenham uma nova visão de mundo e, de quebra, descubram novos interesses pessoais/profissionais.
Afinal, você vai desfrutar do sistema de ensino de países que são referências em educação por terem instituições, sejam públicas ou privadas, que dispõem de um excelente corpo docente e uma infraestrutura completa para a transmissão do conhecimento e a aplicação prática dele.
Contudo, não acaba aí, já que os estudantes têm a chance de também aprenderem sobre a cultura local, se aperfeiçoar em uma segunda (e, às vezes, até uma terceira) língua — algo comum em locais com dois ou mais idiomas oficiais — e vivenciar uma realidade estrangeira que é marcada pela qualidade de vida. Duvida?
Pois saiba que a Austrália e a Nova Zelândia estão entre os 10 países com melhor índice de IDH do planeta, ocupando, respectivamente, a segunda e a nona posição, de acordo com dados oficiais do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Na prática, isso significa que ambos os destinos oferecem, além do ensino de qualidade:
Aspectos que, à primeira vista, parecem simples, mas que são essenciais para que você tenha uma experiência segura, confortável e tranquila, e que conquista turistas, quem vai estudar e trabalhar no exterior ou aqueles que imigram.
Ao contrário do que se pensa, estudar no exterior nem sempre é tão diferente em relação ao ano letivo que é empregado no Brasil. Isso porque, quando se trata de América do Norte e Europa, o formato adotado envolve aulas que iniciam em julho, tem uma pausa para férias e são retomadas em janeiro.
Por exemplo, se estamos no ano de 2018, o período letivo corrente será o 2018.2 – 2019.1 — algo que, para muitos estudantes, causa estranheza e dificuldade em se adaptar.
Contudo, na Austrália e na Nova Zelândia isso não acontece, você começa o ano normalmente em janeiro, com as aulas sendo retomadas em julho,e tem férias entre esse período. Boa notícia, não concorda? “Mas então o que muda se formos comparar os colégios daqui com os desses dois países?”, você deve estar querendo saber. Portanto, é exatamente isso o que você vai descobrir a seguir.
Você tem a total liberdade de escolher não somente a cidade, mas principalmente o colégio no qual deseja estudar, porém nem sempre é possível em algumas nações onde os estados/municípios determinam quais escolas públicas vão receber os estudantes internacionais e até mesmo a quantidade deles por semestre ou ano.
Vale ressaltar, inclusive, que a sua escolha pode ser pública ou particular. Porém, atenção! Algumas instituições de ensino privadas podem ter separação por gênero, sendo exclusiva para meninos ou para meninas, certo?
O calendário escolar não é ininterrupto como acontece no Brasil, onde os recessos são somente em julho, por 30 dias e, meses depois, em dezembro e janeiro, por mais 60 dias. Ao contrário, nas duas nações ele ocorre dividido em quatro períodos iguais de 10 semanas de aulas com intervalos entre eles de 15 a 20 dias. Com isso, se torna mais dinâmico e menos sobrecarregado para os estudantes.
A grade curricular australiana/neozelandesa também é distinta se comparada à brasileira. O motivo disso é que os estudantes têm matérias que são obrigatórias, mas podem escolher entre as demais que são eletivas para complementá-la.
Dessa forma, você pode explorar áreas com as quais têm afinidade ou pelas quais têm interesse em aprender a mais, como música, fotografia, culinária, surfe etc.
Grande parte dessa flexibilidade se deve justamente à infraestrutura das instituições que oferecem, fora as salas de aulas, uma série de laboratórios, quadras poliesportivas, teatros, estúdios, bibliotecas, espaços de informática entre outros ambientes completos para que os alunos possam vivenciar o colégio ao máximo.
Também é importante mencionar que as aulas, independentemente de serem em escolas públicas ou privadas, ocorrem em período integral (manhã e tarde). E isso não é para menos, já que você tem uma grade curricular mais completa e diversificada ao decorrer da semana. Logo, não vão faltar atividades com as quais se ocupar (e se entreter) durante o dia a dia.
Apesar de ser ideal trabalhar com um valor fechado, nem sempre essa é uma realidade quando se trata de estudar no exterior. É que cada caso é um caso, os valores podem se alterar dependendo do programa, mas dá para se basear, por exemplo, no quanto o seu primo ou o seu amigo gastou durante os intercâmbios deles. Tenha em mente que os seus gastos vão ser influenciados não somente pela duração do seu programa, como também por vários fatores, como:
Fora isso, cada país também exige uma comprovação financeira de que você terá como se sustentar no país durante a sua estadia, especialmente quando se é menor de idade. A Austrália, por exemplo, requisita a quantia mínima de AU$ 20.290,00 ou AU$ 1.690,83 mensais para o primeiro ano de curso, segundo o Governo Australiano.
Por outro lado, a Nova Zelândia impõe o mínimo de NZ$ 15.000,00 anuais ou NZ$ 1.250,00 mensais para os estudantes manterem o padrão de vida similar ao dos nativos, de acordo com informe do Departamento de Imigração Neozelandês.
Como já mencionamos, o programa é voltado para jovens que estão no ensino médio — isto é, aqueles que, geralmente, estão na faixa dos 15 aos 17 anos. “Então, isso quer dizer que eu, que tenho 18/19, não posso realizar esse tipo de intercâmbio?”, você deve estar se perguntando — e com razão.
Afinal de contas, não são raros os casos de estudantes que estão atrasados na escola ou tiveram alguma reprovação no colegial. Para se ter ideia, segundo o último Censo Escolar realizado e divulgado na íntegra pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), a média de distorção idade-série é cerca de 32,9% no primeiro ano, 26,2% no segundo e 22,2% no terceiro. Bastante, não é mesmo?
Portanto, fique tranquilo! Isso porque é, sim, possível, visto que o mais importante é fazer uma correlação do ano que você está cursando aqui com o que poderá realizar no país escolhido. Basta lembrar que na Austrália e na Nova Zelândia o ensino médio tem um período a mais do que o brasileiro.
Outro ponto relevante é que ao contar com a orientação de uma boa agência de intercâmbio será possível encontrar diversas instituições de ensino que não tenham restrições quanto à faixa etária.
Além disso, caso você já esteja finalizando o colégio em território nacional, pode optar por fazer alguns meses do ensino médio no país escolhido e emendar a sua temporada fora do país para realizar um curso geral de inglês, um curso preparatório para um exame de proficiência (como o IELTS ou o Cambridge), um curso de férias no exterior ou mesmo um curso técnico. Que tal?
Uma dúvida comum sobre high school no exterior diz respeito a como será a acomodação no destino escolhido. E isso não é para menos, já que esse detalhe influencia (e muito) no seu conforto, na sua privacidade, na sua locomoção para a escola, na sua adaptação ao país e, inclusive, no seu aprendizado do inglês.
Justamente por essas razões, é importante se informar acerca das opções disponíveis para a sua faixa etária. Abaixo, nós reunimos as principais alternativas para deixá-lo por dentro do assunto. Confira:
A primeira delas — e opção obrigatória para quem tem menos de 18 anos — é a homestay, que, na prática, significa se hospedar em uma casa de família de nativos (a host family).
Ou seja, você tem a oportunidade de viver uma imersão total na rotina dos moradores locais e, assim, aprender mais sobre as tradições e os costumes (alimentares, sociais, culturais etc.) deles.
Além disso, essa convivência diária é essencial para potencializar as suas habilidades na língua inglesa, uma vez que o impulsiona a se comunicar 24 horas por meio dela. Vale ressaltar ainda que a família que o acolhe se dispõe a ajudá-lo com dicas sobre a cidade e dar as orientações necessárias para que você se habitue à nova rotina.
Para quem já é maior de idade, mas ainda está no ensino médio, há uma segunda possibilidade: as residências estudantis que algumas instituições de ensino oferecem.
Nelas, os alunos não apenas se hospedam (podendo ou não compartilhar o quarto), mas principalmente têm a chance de interagir com os colegas, aumentando a rede de contatos e fazendo novos amigos (sejam eles nativos ou de outros países).
Outro ponto positivo é que, pela proximidade do dormitório com o local em que você estuda, fica mais fácil aproveitar as instalações da escola, pois o tempo de locomoção é mínimo e é possível ir a pé até ela — o que evita atrasos ou gastos extras com transporte público, por exemplo.
Por fim, há mais uma alternativa para quem tem mais de 18 anos: as shared accommodations. Elas são casas ou apartamentos que dois ou mais estudantes se unem para alugar e, juntos, dividirem os custos com aluguel e demais despesas (água, gás, internet, luz etc.), diminuindo, assim, os gastos pessoais durante o intercâmbio.
Muitas pessoas fazem essa escolha, pois estão motivadas pelo desejo de terem mais privacidade, conforto e, acima de tudo, poderem se tornar mais independentes — já que assumem mais responsabilidades.
Se esse também é o seu interesse, fique atento! Isso porque o processo é realizado por meio de imobiliárias locais, tem duração de, pelo menos, um semestre e exige um depósito caução, certo?
A duração do seu high school pode ser de 3, 6, 12 meses ou todo o ensino médio. Porém, essa decisão não se resume apenas ao tempo que você deseja ficar no país. Ao contrário, também envolverá outros fatores cruciais, como:
Fora tudo o que elencamos acima, ainda é preciso atentar a outra questão que, muitas vezes, passa despercebida: o momento de decisão do intercâmbio. Isso porque não adianta querer estudar em outro país quando o semestre letivo nele já começou.
Tenha em mente o que já comentamos: que tanto na Austrália quanto na Nova Zelândia as instituições de ensino são similares às brasileiras adotando o mesmo formato de ano letivo e com aulas que iniciam em janeiro e julho.
Logo, se você decide ir em cima da hora para um deles para tentar cursar o segundo semestre, por exemplo, não haverá tempo hábil para ter a documentação necessária e conseguir embarcar para o destino. Ou seja, o ideal é conversar com a sua família, procurar uma agência de intercâmbio para orientação durante todo o processo e começar a se planejar com antecedência, inclusive, para evitar contratempos. Entendido?
Outra questão frequente de quem planeja ser intercambista é se após o intercâmbio será possível ou não aproveitar as matérias estudadas no exterior. E a razão disso é bem simples: ninguém deseja atrasar ou, ainda pior, repetir o ano como se a temporada que passou fora do país tivesse sido em vão e não valesse de nada para a própria formação.
Por isso, saiba que, sim, você pode fazer isso. Para tanto, é fundamental atentar à norma adotada pelo Ministério da Educação que determina que todo e qualquer estudante intercambista no ensino médio faça, obrigatoriamente, as seguintes disciplinas:
Além dessa regra, é indispensável checar junto à coordenação do seu colégio se há como fazer equivalência de outras matérias (baseando-se nas semelhanças dos planos pedagógicos adotados em ambas as instituições de ensino) e quais serão os documentos necessários para apresentar após o seu retorno.
Geralmente, o solicitado é apenas um: o histórico escolar. Nele, devem estar detalhados as disciplinas cursadas, as respectivas cargas horárias delas e, por fim, as notas finais obtidas em cada uma — que vão indicar se houve ou não aprovação com êxito.
Por outro lado, para quem optou por fazer o high school no último ano e, assim, concluí-lo no exterior, vai precisar não apenas do histórico escolar, mas principalmente do certificado de conclusão do curso.
A razão disso é que ambos os documentos vão servir para que você consiga a convalidação curricular e, assim, seja reconhecido em solo nacional que você terminou o ensino médio. Somente a partir disso você poderá se candidatar a empregos ou se matricular em uma universidade para começar uma graduação ,por exemplo.
Para finalizar o post, vamos falar sobre os pré-requisitos para realizar o high school no exterior? Afinal, você também deve se questionar a respeito para saber se há ou não algum impedimento que dificulte essa experiência tão desejada, não é verdade?
Por isso, vamos por partes. O primeiro trata-se de cursar atualmente o ensino médio, independentemente de ser o primeiro, o segundo ou o terceiro ano. Contudo, essa não é uma regra tão rígida como parece, visto que os jovens que concluíram o colégio em até, no máximo, 12 meses, também podem participar do programa.
O motivo disso é que, os formatos dos sistemas educacionais na Austrália e na Nova Zelândia são diferentes do padrão adotado no Brasil e incluem um ano a mais de ensino. Por isso, há chances de que você, mesmo já tendo terminado os estudos aqui, ainda consiga realizar um intercâmbio de alguns meses em um dos dois países.
Já o segundo e último pré-requisito é ter conhecimento intermediário da língua inglesa para que seja possível acompanhar as aulas, compreender os conteúdos ministrados pelos professores e realizar trabalhos, tarefas e provas. E é justamente aí que surge uma grande dúvida: para comprovar que se tem esse nível no idioma é necessário realizar um teste de proficiência, como o IELTS ou o TOEFL?
Bem, a resposta é não. Apesar de ser o mais indicado, é claro, há uma segunda alternativa. Por exemplo, se você faz curso de inglês em alguma escola de idiomas, já tem o nível B1 e está cursando o B2 ou superior, saiba que é possível solicitar a ela uma avaliação que comprove a sua capacidade de se comunicar sobre assuntos concretos e abstratos sem dificuldades.
Esse documento servirá como comprovante das suas habilidades linguísticas no momento de solicitar sua matrícula, seja em uma instituição de ensino australiana ou neozelandesa.
Como você leu, o high school é uma excelente oportunidade para viver a experiência de um intercâmbio, investir no próprio aprendizado, se aperfeiçoar no domínio de outra língua e, inclusive, se tornar mais independente. Por isso, é essencial tirar todas as suas dúvidas sobre estudar no exterior e não deixar de contar com o suporte de uma agência de intercâmbio com renome e histórico no mercado. Dessa maneira, todo o processo será mais rápido e muito menos burocrático!
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