Ao optarem por fazer um intercâmbio na Nova Zelândia, país que tem atraído cada vez mais estudantes internacionais, muitos intercambistas se preocupam com as peculiaridades do inglês neozelandês, com medo de terem dificuldades em se adaptarem a ele.
Afinal de contas, para a grande maioria dos brasileiros, o contato com o inglês americano é muito mais frequente, especialmente por conta da tecnologia e do entretenimento que consumimos no dia a dia, não é mesmo?
Mas será que esse realmente é um motivo para ficar preocupado? O que explica essas distinções entre o inglês falado nos EUA e aquele falado na terra do kiwi? Como se preparar para não ter dificuldades com a língua? Para sanar essas dúvidas, acompanhe o nosso post!
Para entender a diferença entre o inglês neozelandês e o inglês americano, basta olharmos para a história da terra da rainha. Desde o século XVI, ela expandiu o seu domínio — enquanto império britânico — por várias regiões do mundo, como os Estados Unidos, parte do Canadá, África do Sul, Irlanda, Zimbábue, Islândia, Namíbia, Austrália e Nova Zelândia.
Com a tomada dessas terras, muitos súditos — entre eles, escoceses — foram designados para a ocupação delas. Assim, eles se tornaram colonos que tinham o papel não só de defendê-las de outras nações colonizadoras, mas também de gerar riquezas para o Reino Unido e servirem como rotas comerciais espalhadas pelo globo.
A questão é que esse período nunca foi simples, sabe? Afinal, cada lugar tinha milhares de nativos, como povos aborígenes, indígenas e africanos, que formavam resistências e, infelizmente, acabavam dizimados ou escravizados.
Com o tempo, por conta do distanciamento do império e o contato contínuo com nativos devido às interações ou escravizações, a língua inglesa passou por inúmeras transformações.
Houve alterações no uso da gramática, da fonética e do vocabulário, surgimento de novas palavras e, inclusive, a adesão de diferentes termos e expressões que os povos da região usavam ou que faziam parte da cultura deles.
No entanto, isso não significa que o inglês falado em cada país é diferente como se fossem um idioma à parte. Nada disso! A língua é viva, capaz de se adaptar e, principalmente, evoluir. Ela segue sendo a mesma, porém, com algumas mudanças aqui, outras ali – um processo que ocorreu em todas as colônias.
Na Nova Zelândia, por exemplo, a influência local foram os maori, que hoje são respeitados, protegidos e têm a história e a cultura deles preservadas por políticas públicas do governo neozelandês. Inclusive, ambas são ensinadas e debatidas nas salas de aula do país para que as novas gerações tenham um maior nível de conhecimento e respeito pelos valores, tradições e costumes dos nativos.
Fazendo uma analogia simples, é o mesmo que aconteceu com os diferentes países colonizados por Portugal. Qualquer brasileiro consegue se comunicar e se fazer entender sem dificuldades com pessoas de antigas colônias portuguesas (como Cabo Verde, Angola e Moçambique) ou com os próprios portugueses.
As diferenças vão existir no uso de uma palavra ou outra, é claro, mas elas não atrapalham – pelo contrário, servem para enriquecer a nossa capacidade de se expressar.
A grande distinção entre o inglês neozelandês e o inglês americano está, sem dúvidas, na pronúncia das palavras – o famoso sotaque. Isso tem algumas explicações, entre elas, a duração da colonização desses países. É que os Estados Unidos ficaram independentes muito antes das outras nações, ainda em 1776.
Já as demais duraram mais tempo sob o domínio e a influência britânica, o que contribuiu diretamente para que o inglês da Nova Zelândia — que só conquistou a independência em 1907 —, da Austrália, da África do Sul, da Islândia e de outros locais ficassem com a linguística mais parecida ao inglês falado na terra da rainha, especialmente no que diz respeito à ortografia e regras gramaticais.
Para completar, durante o século XX, a Austrália se tornou o principal pólo cultural e econômico da Oceania, o que acabou fazendo com que os neozelandeses fossem influenciados por ela — até por conta da proximidade e da história de ambas as nações —não só no entretenimento, na cultura e na gastronomia, mas também na linguagem.
É por esses motivos, por exemplo, que o “r” não é tão carregado como no inglês americano, nem no meio das palavras, nem no fim delas; que palavras terminadas com “-er” que tem o fonema /ər/, como writter, water e repater, são abertas e vocalizadas; e palavras com o fonema /ɪ/ que nos EUA são pronunciadas como um meio-termo entre “e” e “i”, como been, terminal e luminous, na terra do kiwi são pronunciadas como se fossem um “i” no lugar.
Para encerrar, trouxemos duas dicas simples e práticas que vão ajudá-lo a se sentir mais confiante e preparado para lidar com o inglês neozelandês, fazendo, assim, com que o sotaque da região não seja problema durante o seu intercâmbio.
Esperamos que as diferenças sejam, na verdade, um estímulo a mais para você estudar nesse país repleto de belezas naturais e reconhecido pela educação de qualidade. Confira!
A primeira dica é começar a diversificar o conteúdo consumido no dia a dia e passar a assistir e ouvir coisas da Nova Zelândia. Por exemplo: séries, filmes, programas de TV, canais de youtubers, audiobooks, podcasts, rádio etc. Quanto maior a quantidade, melhor.
Tudo isso ajuda (e muito) você a se familiarizar com o sotaque neozelandês, a ficar por dentro das gírias locais e já começar até mesmo a distinguir quais são os termos e expressões locais mais comuns em cada região do país.
Uma segunda dica é praticar a sua fluência na língua inglesa com nativos da Nova Zelândia ainda no Brasil. Isso porque essa convivência amplia o seu vocabulário, deixa o seu ouvido “treinado” para o sotaque e ainda melhora a sua pronúncia, acabando com qualquer timidez ou vergonha de se comunicar. “Certo, mas como fazer isso?”, você pode estar se perguntando.
Pois bem, a gente explica. Muitas universidades brasileiras, especialmente as federais e estaduais, contam com cursos de idiomas com turmas semestrais. Neles, é comum a participação regular de nativos da língua inglesa — muitos dos quais são intercambistas aqui — para promover uma troca cultural.
Além disso, essas instituições contam com programas de recepção e apadrinhamento de estudantes internacionais com o intuito de ajudá-los no processo de adaptação ao ensino brasileiro, procedimentos para matrícula, escolha e eliminação de disciplinas, alojamento etc.
Portanto, vale a pena se envolver com ambas as atividades para ter esse contato com neozelandeses, praticar o inglês e, de quebra, ainda fazer bons amigos.
Como você viu, o inglês neozelandês tem, sim, diferenças se comparado ao americano. No entanto, essa pode ser uma ótima oportunidade para você ampliar o seu vocabulário e ter um domínio ainda maior da língua. Além disso, colocando em prática nossas dicas, será fácil já ir se adaptando para lidar com essas distinções e tirá-las de letra. Por isso, não deixe de segui-las, hein?!
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