É gente, vida de intercambista, não é nada fácil. Tudo é bem complexo! Seja antes ou durante o intercâmbio. Durante a preparação para a realização do intercâmbio, o percurso é facilitado por agências, como a Australian Centre, que lhe oferece o suporte adequado.
Mas quando chega o momento de você desembarcar no país e na cidade escolhida (no meu caso, escolhi Melbourne, na Austrália) você já se depara com o seu maior desafio: a compreensão da língua. Para tentar solucionar este meu primeiro obstáculo, venho utilizando um joguinho bem conhecido: Jogo das Mímicas. E estou conseguindo me sair bem neste joguinho rsrsrs.
Durante o voo e até estar com os meus dois pezinhos em minha mais nova casa, vivi a feliz situação de conhecer uma brasileira no mesmo avião e que mora em Melbourne há 6 anos. Dividimos um táxi até a minha casa. Se não fosse por ela, o taxista teria me cobrado por 6 pessoas, pelo fato do carro ser uma mini van. Mas reforço que, para quem vem com pouca bagagem, compensa pegar o SKYBUS, dentro do aeroporto. Este estiloso ônibus leva você para a City (o Centro de Melbourne) fazendo paradas em alguns dos principais hotéis da cidade. Se por acaso sua acomodação ficar próxima a algum desses hotéis, compensa muito você pegar o SKYBUS, até pelo preço ser mais atraente que um táxi.
Chegando em ‘casa’, veio o meu segundo obstáculo: a adaptação com o novo horário australiano. Em meu primeiro dia em Melbourne (dia 26/11), eu dormi de dia e não conseguia dormir a noite. Já na primeira semana, para eu tentar sanar o cansaço do vôo e a questão do horário, eu dormia bem cedo, geralmente às 18h e acordava às 06h da manhã.
No dia 27/11, no domingo, eu fui fazer o reconhecimento do trajeto da minha nova casa até a escola, pois assim, conseguiria calcular o ‘time’ e, de antemão, identificar o endereço da escola.
Nesta minha nova casa há um rapaz neozelandês, minha amiga brasileira Thaila (em que conheci o ano passado, quando eu estive de férias em Melbourne), e mais um casal, sendo ele britânico e ela brasileira.
Lembrem-se: apenas no início do seu intercâmbio, é extremamente importante um breve contato com pessoas brasileiras, pois serão elas que lhe fornecerão as melhores dicas sobre a cidade e, inclusive lhe indicarão onde encontrar trabalhos. Jamais perca o seu foco, no meu caso, aperfeiçoar o meu inglês.
Sobre a minha primeira semana de aula, há pouco o que se falar, pois tudo o que a Australian Centre havia me dito, eu comprovei no dia-a-dia da escola: houve aplicação do teste (escrito e oral), onde a escola avalia o seu nível de conhecimento do Inglês e lhe encaminha para sua respectiva classe.
Eu estou no Pre-Intermediate. Na escola há muitos asiáticos. E vale ressaltar: SPEAK ENGLISH, ONLY. Estas são as plaquinhas que você mais encontra dentro da escola. É terminantemente proibido dialogar em outra língua, mesmo que você esteja ao telefone com sua família no Brasil ou dentro do banheiro. A IMPACT, leva a sério este tema! Se acaso você for pego falando outro idioma, diferente do Inglês, você será convidado a se retirar de dentro da escola e só retornar no dia seguinte. Por isso, que até a data de hoje, eu não consegui identificar quem são brasileiros que estudam lá. Ahhh e cabe lembrar que eu só estou estudando na IMPACT, por que eu fui convencida pela Australia Centre, após inúmeros argumentos positivos sobre a escola. A escolha da escola foi fantástica!!
Para não pesar muita bagagem, eu resolvi não trazer notebook e comprar um novo aqui. Após pesquisas de preços em algumas lojas, acabei realizando uma compra via site, onde a empresa estava com uma promoção: na compra de um notebook com + AUD 199,00 você ganhava um X-BOX (presente já direcionado para o meu namorado, rsrsrs)… Mas jamais imaginei que fosse haver tantos transtornos em realizar uma compra por Internet na Austrália. Eles ligam para você, querendo confirmar os seus dados e se realmente foi você que realizou a compra. Como o meu Inglês ainda não está um Luxo, eu não conseguia entender nada durante a ligação. Aí, resolvi recorrer a um dos diferenciais da escola Impact: os Conselheiros (eles são em 3, sendo que cada um é destinado a ajudar os estudantes que não falam muito bem o Inglês). Há um brasileiro (auxilia os estudantes latinos), há uma japonesa (auxilia os estudantes do Japão e da China), há uma pessoa que nasceu no Taiwan (auxilia os estudantes do Taiwan e da Coréia). Com isso, o Fernando (conselheiro da Impact) foi o meu salva-vidas. Ele avisou a empresa em que eu comprei o Notebook que eu não falava Inglês e que acaso surgisse novas dúvidas, para que eles entrassem em contato via e-mail. Após este inicial processo, compra aprovada, fiquei apenas no aguardo da entrega, que demorou uns 15 dias. Três dias antes, eles te ligam para agendar a data da entrega. E como eu precisava estar presente na entrega, tive que faltar na escola, pois o horário da entrega é durante o período comercial. Mas valeu a pena esperar! Agora posso me dedicar em escrever para vocês.
O Fernando (conselheiro da Impact) também me entregou um material da escola de excelente uso: uma apostila de apresentação sobre sites de emprego, modelos de currículos, passo-a-passo de como se inscrever no Taxi File Number, o que dizer durante uma entrevista de emprego, como abrir conta na Austrália. E foi fundamental para estes meus primeiros dias.
Chegado o tão desejado final de semana, fizemos em minha casa um BBQ brasileiro, com direito a picanha, samba e truco. Após o churrasco, fomos a um clube chamado CAT NIGHT dançar Salsa… O que me ajudou a queimar vários TIM TAMs (o melhor biscoito do mundooo).
Foi a minha amiga Thaila que me indicou para o meu primeiro trabalho em Melbourne. Eu e ela fomos trabalhar na cozinha de um Circo (eles oferecem jantar para os convidados), nós finalizavámos os pratos, juntamente com os Chefs de cozinha australianos. Vivenciando 100% o inglês e comendo muito bem!!!
Em minha segunda semana, consegui trabalho com estes mesmos Chef’s, no próprio Buffet deles. Minha função era ajudar a elaborar os pratos e lavar louça na máquina industrial. Eu estudei e trabalhei, durante 4 dias seguidos, totalizando as 20 horas permitidas pelo governo Australiano. Foram 4 dias bem corridos, mas satisfatório em estar em um ambiente com dois mestres cucas australianos. Estou apenas aguardando próximos eventos neste Buffet, para retornar a trabalhar lá.
Já na escola, o nosso professor Vicent, nos levou para o Mercado South Melbourne, para pesquisarmos preços e produtos. E lá mesmo, cada um deveria comprar uma lembrancinha para realizarmos a tradicional troca de presentes, vulgo Amigo Secreto. Eu tirei um rapaz colombiano, chamado Fernando e dei a ele uma Banana de Cerâmica (bem típico brasileiro) e eu ganhei uns passarinhos de gesso. Em seguida, o professor nos levou para a praia de St. Kilda. Estava um dia bem quente, por isso o professor preferiu entrar num bar e pagou cerveja para todos. Fizemos o costumeiro brinde – Cheers!!! – mas como eu não bebo, devolvi a garrafa para o balde. Foi um dia diferente e animado!
O clima natalino, não é muito forte em Melbourne. Há poucos lugares enfeitados para o Natal e, geralmente, onde eles existem, os australianos fazem filas enormes apenas para visualizar de perto as decorações. Um exemplo é a loja MYER, todos os dias há filas para tirar fotos das vitrines decoradas.
E por falar em clima natalino, me mostraram este vídeo e representa a real situação de uma pessoa que está em outro país e longe de sua família. O vídeo é lindo e emocionante!! Espero que vocês curtam, pois é assim que a gente se sente passando uma época tão especial longa de nossa família. Sempre um aperto no peito.
Espero que esse período de Festas seja maravilhoso para todos nós, que 2012 chegue com força total e traga ainda mais histórias para partilhamos!!!�
No próximo ano, eu volto contando mais novidades (nossa, até parece que é muito tempo, né?!).