Olá pessoal, tudo bem por ai? Aqui está tudo ótimo também, tirando esse friozinho de 5 graus pela manhã (rs). Mas nada que um café, um cobertor e o aquecedor da nossa casa não resolvam.
Já para os moradores de Melbourne, esse frio não parece ser nenhum empecilho. Isso porque no dia 21 de julho aconteceu uma corrida de rua chamada “The Age Run Melbourne”, que é uma das principais corridas que acontece durante o ano aqui na cidade. No total havia cerca de 25 mil participantes, entre crianças, adultos e idosos.
Só um comentário em paralelo: no Brasil, pelo menos na cidade de São Paulo, é possível participar de corridas de 5km ou 10km praticamente em todos os finais de semana e às vezes em pelo menos dois lugares diferentes. Antes mesmo de eu vir para cá, uma amiga que me incentivou a correr e que já corre há muitos anos me disse que o Brasil descobriu um mercado potencial de ganhar dinheiro com as corridas de rua, por isso tantas corridas quase todos os finais de semana.
Já aqui na Austrália, pelo menos na cidade de Melbourne, não existem tantas corridas assim. Desde que eu cheguei, há nove meses, eu só vi propagandas de quatro corridas e todas elas com o cunho filantrópico. Quase todas as corridas são para ajudar alguma causa ou instituição de caridade. É incrível o quanto o australiano, em geral, é engajado em ajudar causas sociais. Isso é verdade, mesmo! De acordo com uma pesquisa britânica, “World Giving Index 2012 – A global view of giving trends” feita pela Charities Aid Foundation (CAF), a Austrália está em primeiro lugar na lista de países mais generosos em doações. Com essa corrida que mencionei acima foram arrecadados mais de 1,6 milhões de dólares australianos que vão ajudar mais de 500 instituições filantrópicas.
Foi realmente incrível a sensação de estar lá! E se alguém estiver se perguntando: “Ai Fábio, é apenas uma corrida de rua? O que tem de tão incrível assim?”.
Bem, o que realmente me deixa feliz em participar dessas corridas é que você vê pessoas de todas as nacionalidades, gêneros, com necessidades especiais, todas correndo para se superar. Famílias correndo com bebês no carrinho, pessoas que estavam de muleta fazendo a caminhada de 5 km, felizes em poder participar. Pessoas com deficiência visual andando com ajuda de cães-guia ou com a ajuda de voluntários que ali estavam. Tem como não pensar nisso?
Escrevo isso porque, como de um tempo para cá venho participando de algumas corridas, eu sei o quanto cada quilômetro que consigo correr é uma vitória. Fico feliz com cada final de corrida e com aquela sensação de vitória e superação. Agora imagina 25 mil pessoas com esse mesmo sentimento!
Eu até tirei algumas fotos do evento: você pode notar que nas fotos tem pessoas de todos os tipos participando. Legal, não?