A economia da Nova Zelândia não costuma aparecer em rankings absolutos e importantes, sendo que isso acontece principalmente pelo tamanho do país. No entanto, isso não foi um impedimento para que a qualidade de vida digna de primeiro mundo não fosse alcançada.
Os neozelandeses vivem em um território com um dos menores índices de corrupção, além de terem bastante preocupação com a educação. Não é à toa que a Nova Zelândia direciona importantes investimentos para todos os níveis educacionais.
De onde vem essa economia estável e próspera com PIB de, em média, US$ 93 bilhões por ano e renda per capita de US$ 25.000,00? Neste post, mostraremos a você como funciona a economia no país, a origem das riquezas e estabilidade financeira que origina tamanha qualidade de vida. Acompanhe!
Turismo
A Nova Zelândia conta com diversas atividades e pontos turísticos que são somados à cultura hospitaleira do país e estruturação organizada que comporta muito bem todos os turistas.
Nesse sentido, o destaque fica por conta do turismo educacional que oferece cursos de idiomas, profissionalizantes, de graduação, pós-graduação, mestrados e até mesmo abordagens específicas para pesquisas. A partir disso, os estudantes têm chances de conseguir trabalho no país e, posteriormente, residência.
Principalmente por esses fatores que o serviço de turismo neozelandês vem crescendo ano a ano, inclusive entre os brasileiros que representam, em média, 20 mil dos visitantes anuais. Com isso, o país vem investindo na estruturação da cidade, nas políticas que incentivam o turismo e também na conservação dos principais pontos turísticos.
Exportações são uma importante parte da economia local
Parte importante da economia da Nova Zelândia é representada pelas exportações. O país é conhecido pela larga produção de carne e lã. Essa atividade é originada dos abates bovinos que é direcionada, principalmente, para os Estados Unidos, China, Ásia e Canadá.
A lã e derivados do leite também representam uma importante fatia econômica, mas o cenário está se expandindo. Nos últimos anos, os neozelandeses estão se destacando pelas exportações de outros. São eles:
- madeira: matéria-prima utilizada para a produção de celulose e construção de casas;
- frutos-do-mar: produzidos por fazendas marítimas onde predomina o mexilhão;
- vinhos: cultivo de uvas de castas nobres que originam vinhos de alta qualidade que são degustados em todo o mundo;
- kiwi: fruta nativa da região e que é exportada para diversos países.
A grande criação de ovinos e de leite foi possível em razão do clima temperado e investimentos por parte do governo na melhoria das terras e políticas de gerenciamento agrícola. A partir disso, vieram as outras atividades, como a silvicultura, horticultura, pesca, manufatura e criação de veados. Essa expansão tornou a economia da Nova Zelândia ainda mais equilibrada e estável.
Além desses produtos, o país é destaque em alguns setores de recursos, como o ouro, carvão, areia, ferro, petróleo bruto e gás natural, que são utilizados tanto para uso doméstico quanto para as exportações.
Para minimizar os impactos dessas produções, a Nova Zelândia se dedica a pesquisas que objetivam descobrir formas de diminuir a emissão de carbono, incentivar o cultivo de alimentos e produtos agrícolas orgânicos e meios limpos e renováveis de produzir energia.
Inclusive, são oferecidas bolsas de estudos para os brasileiros interessados em contribuir com as pesquisas sobre sustentabilidade, principalmente nas áreas de agricultura e energias renováveis.
Os programas têm duração média de um a dois anos e são ofertados pela New Zeland Development Scholarships. Para isso, é necessário ficar de olho quando abrem as inscrições e ter teste de proficiência em inglês e comprovação de, pelo menos, um ano de experiência na área desejada.
Importações
A Austrália, que é o vizinho mais próximo, é responsável por movimentar milhões de dólares todos os anos, já que representa cerca de 18% das importações da economia da Nova Zelândia, enquanto as exportações neozelandesas para os australianos é de, em média, 23%.
No entanto, essa atividade não se limita ao país dos cangurus. O comércio exterior da Nova Zelândia também tem vínculos econômicos importantes com Singapura, Indonésia e Malásia, com a importante fatia de 16% de suas importações.
Relações entre Nova Zelândia e Austrália
Em 1983 foi criado o Anzcerta, que é um acordo comercial internacional entre Austrália e Nova Zelândia. O principal objetivo era facilitar o livre comércio entre esses dois países, incluindo o setor de serviços.
O Anzcerta já foi responsável por elevar as relações comerciais australianas-neozelandesas em mais de 400% no período de 1983 a 1999. Cenário esse que significou o aumento no volume de transações financeiras e da economia da Nova Zelândia e da Austrália.
Esse resultado promissor foi possibilitado pela eliminação de impostos e cotas de mercadorias, fazendo com que fosse feita uma integração das duas economias.
Além das importantes relações econômicas com o país vizinho, a Nova Zelândia tem relacionamento e livre acordo de comércio com a China. Acordo esse que é conhecido como Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).
Serviços e governo da Nova Zelândia
Os serviços públicos do país são grandes empregadores, principalmente em Wellington onde estão as sedes dos departamentos governamentais. Tanta prosperidade, organização, riqueza e estruturação se dá pelas políticas executadas pelo governo neozelandês.
Além do baixo índice de corrupção, o governo tem característica incentivadora e organizadora, sendo por isso que direciona importantes investimentos para o turismo, educação e agricultura.
As políticas governamentais também oferecem todo o suporte aos produtores e empreendedores, para que os produtos cheguem aos mercados externos e consigam atender à demanda.
No entanto, quando as empresas da Nova Zelândia não conseguem suprir esse volume, como acontece com a indústria automobilística, o governo atua com importações com taxa zero. Isso faz com que laços sejam fortalecidos com outras econômicas e ainda podem direcionar os seus recursos nas atividades que melhor produzem e que representam melhor retorno financeiro.
A economia da nova Zelândia se destaca por seu planejamento e estabilidade, sendo por esse e outros fatores que o país é visto como um dos melhores locais para se viver. Esse modelo econômico é tão promissor e funcional que vem sendo estudado por diversas outras nações, inclusive pelo Brasil na tentativa de exponenciar o seu crescimento.
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